segunda-feira, 3 de agosto de 2020

AGOSTO/ 20 3º Bimestre ELETIVA Cinema, Sociedade e Cidadania



3º BIMESTRE 03/08/2020 a 16/10/2020



Olá alunos!

Continuando os conteúdos da nossa Eletiva...


Alunos que participam desta Eletiva:

Escola Carolina Arruda: 6C, 1A e 3A.
Escola Ruth Ramos: 7A, 8B, 2A e 3A.
Luigino Burigotto: Todos os alunos da Eletiva Cinema, Sociedade e Cidadania.

Importante:
Relembrando o que já estudamos nas aulas anteriores:
1º Bimestre (03.02.20 a 29.05.20) Postagem anterior.
- CINEMA: História do Cinema.
- CINEMA: Linha do tempo das invenções.
- CINEMA: Cinema brasileiro.
- CINEMA: Cinema e as tecnologias.
- CINEMA: Leitura: Ensinamentos escondidos em filmes e séries.
- CINEMA: Relação entre Cinema e Educação (Cinema na redação do Enem 2019,  Atividade: criação de roteiro).
- CINEMA: Cinema (Figurinos).
- CINEMA: Cinema x Moda (Leitura do texto).
- CINEMA: Cinema e Música.
- CINEMA: Iluminação e Cinema.
- CINEMA: Roteiro de Cinema.
- SOCIEDADE: Significado de Sociedade.
- CIDADANIA: Significado de Cidadania.
- CINEMA, SOCIEDADE E CIDADANIA: Planejamento Culminância.

2º Bimestre (01.06.20 a 31.07.20) Postagem anterior.
- CIDADANIA: Trabalho escolar.
- SOCIEDADE: Professor e aluno, a importância deste relacionamento.
- SOCIEDADE: Analfabetismo no Brasil e a importância da Leitura.


3º Bimestre conteúdos neste link:

- SEMANA 03 a 07/08 SOCIEDADE: Desconstruindo padrões: Padrões de Beleza
- SEMANA 10 a 14/08 SOCIEDADE: Você realmente sabe viver em sociedade?
- SEMANA 17 a 21/08 SOCIEDADE: Desconstruindo padrões: Classe social 
- SEMANA 24 a 28/08 SOCIEDADE: Desconstruindo padrões: Preconceito Racial 
- SEMANA 31 a 04/09 SOCIEDADE: Como é o preconceito nos dias de hoje?



MATERIAL NECESSÁRIO PARA A REALIZAÇÃO DAS ATIVIDADES: CADERNO, LÁPIS, BORRACHA, LÁPIS DE COR E CELULAR PARA PESQUISA.

Competências e Habilidades que serão desenvolvidas com a realização das atividades.

Liderança, Senso estético, Habilidade digital, Poder resolver problemas, Capacidade de trabalhar em equipe, Inteligência emocional, Cidadania global, Comunicação e colaboração, Iniciativa e empreendedorismo, Pensamento crítico e analítico, Curiosidade e imaginação, Domínio das tecnologias, Argumentação, Cultura digital, Autogestão, Autoconhecimento e autocuidado, Empatia e cooperação, Autonomia, Imaginação criativa, Organização, Foco, Iniciativa social, Assertividade, Autoconfiança e Respeito.



Data de realização: 03 a 07 de Agosto de 2020

Tema de hoje: PADRÕES DE BELEZA, Leitura do texto:

Clique nas imagens


Desconstruir o estereótipo de beleza é uma bandeira de muitas mulheres.


O texto cita exemplos de mulheres, mas também é uma bandeira de muitos homens.

"Não é fácil ser mulher nesse mundo cheio de cobranças, de origem desigual, que distorce valores e acrescenta cada vez mais tudo o que é desnecessário". Essa é a afirmação da socióloga Rachel Abreu sobre a definição do padrão de beleza imposto pela sociedade. Esse padrão afeta a vida das mulheres e é tema de diversas pesquisas. Um estudo realizado pelo Núcleo de Doenças da Beleza da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Universidade Veiga de Almeida e a marca Dove em 2016, mostrou que, no Brasil, 71% das mulheres se sentem pressionadas para serem perfeitas. Além disso, oito em cada dez das 4 mil mulheres entrevistadas, entre 18 e 64 anos, já evitaram um compromisso social por não se sentirem bem com o próprio corpo. A pesquisa mostrou ainda que 82% revelaram que gostariam de ver outros perfis de mulheres em campanhas, abrangendo etnias e faixas etárias, porque isso influencia. 

Segundo a socióloga, a forma física foi colocada ao longo da história a serviço de propósitos sociais, militares ou, por vezes, religiosos. Ela explica que cada época exigiu um perfil corporal com base na construção cultural. "Hoje vivemos a era da perseguição de um modelo de 'corpo perfeito'. O modelo ideal de beleza atual incentivado é extremamente controlador. Para 'ser' bonita é necessário estar jovem, magra, alta, mas olhando em nossa volta percebemos que é raríssimo alguém ter todas essas características, ou seja, o ideal de beleza ignora a diversidade de corpos e isso é altamente excludente e alienante", explica. 

A especialista afirma que a busca pela padronização pode gerar várias complexidades, desde a insatisfação pessoal até transtornos psicológicos e alimentares. "Mulheres ainda são avaliadas primeiro por sua aparência e não por suas atitudes e qualidades. Isso denota resquícios de uma sociedade desigual e de raízes patriarcais", afirma. Rachel acrescenta que hoje existem Declarações de direitos e ocorrem debates que são fundamentais no combate a todo tipo de discriminação contra as mulheres, objetivando findar o controle de padrões estereotipados de comportamento e práticas sociais e culturais baseados em conceitos de inferioridade ou subordinação", pontua.

A psicóloga Danielle Almeida acrescenta que ações como as citadas por Rachel contribuem para a elevação da autoestima das mulheres. "Quando falamos da autoestima, falamos da valorização da nossa imagem e amor próprio", afirma. A especialista explica que são lutas de anos para conquistas que muitas mulheres ainda travam até hoje, principalmente no mercado de trabalho. "Hoje você percebe que qualquer lugar é lugar para a mulher. Hoje ela está onde quer está. Isso acontece porque existe o amor próprio e a crença do próprio potencial. Vemos também muitas bandeiras que são levantadas contra a desigualdade e opressão. Hoje todas as lutas fazem a diferença e todas somos capazes de mudar a nossa história", afirma.  

Assista ao vídeo:

DESCONSTRUINDO O PADRÃOZINHO




ROMPENDO BARREIRAS
Maiara Carmona, 24, é bacharel em Direito, negra e em breve mãe. Ela acredita que os padrões de beleza são uma forma de prisão para a mulher, especialmente para as negras, por isso, o amor próprio é tão elevado e rompe qualquer preconceito. "Para a mulher negra a autoestima é revolucionária, faz nos sentirmos capaz de qualquer coisa. Quando uma mulher se sente bonita do jeito que ela é, ela enfraquece o sistema. Aprender a aceitar o seu biótipo e as mudanças naturais do corpo é um ato de liberdade. Afirmar-se negra é uma tarefa muitas vezes política e que vai exigir uma dedicação e contestação do modelo 'padrão' que foi ensinada a seguir", afirma.

Após 7 anos, quando Adrienne Souza perdeu a perna, tudo em sua vida mudou, menos a autoestima. A atleta usa prótese e afirma que isso não é motivo para ser tratada com inferioridade, mas sim para ser considerada ainda mais linda. "Perder a minha perna me fez ter ainda mais vontade de viver e mostrar para a sociedade 'dita normal' que deficiente não é inferior a ninguém. Nós podemos tudo! A deficiência está na cabeça das pessoas! Não existe padrão de beleza quando você se acha linda, se sente bem ao olhar no espelho e aceita seu corpo!", afirma. 

Yumi Liz, 26, é body piercing e tatuadora. Ela garante: "Sou bonita e o fato de ter nascido mulher me faz linda por natureza". Por ter grande parte do corpo tatuado, Yumi conta que já sofreu muito preconceito, mas isso não abala sua autoestima. Ela acredita que se houvesse respeito mútuo, os padrões de beleza não existiriam. "Antes eu sofria com os olhares e comentários, mas hoje eu me sinto muito bem e ignoro porque aprendi que eu me amo assim. Eu escolhi ser tatuada, sei do meu caráter e da minha luta como cidadã para sobreviver, por isso, acredito que toda mulher é linda. Todas somos rainhas, a mulher apenas com um sorriso salva o dia".   

BELEZA INTERNA
As mulheres que se aceitam priorizam não só a beleza de seus corpos e suas características estéticas, mas também a beleza interior. A arquiteta e urbanista, também modelo plus size, Ully Santalices, 24, acredita que não há nada mais marcante que os traços individuais. "Eu acredito que a representatividade vem surgindo cada dia mais, quando a mulher gorda, vê outra numa capa de revista; quando a negra, vê outra apresentando num grande jornal. Os paradigmas estão se quebrando aos poucos, a medida que nós mulheres, enxergamos que esse padrão criado é uma ilusão do que é ser bonito e conseguimos entender o quanto somos únicas e lindas justamente por não existir padrão", afirma. 
Da mesma forma acredita Marli Helena da Silva, aposentada, 65. Para ela a maior beleza que uma mulher possui e que pode transmitir está na força, a determinação e o caráter. "A beleza é individual, cada mulher possui suas características e é necessário que não sigamos o mercado da beleza que só serve, na maioria das vezes, para frustar as mulheres. Sejamos lindas principalmente por dentro. É isso que sempre conta!", conclui. 





8 maneiras de se livrar dos padrões de beleza

Com tantos julgamentos e referenciais de “perfeição estética”, pode ser doloroso se olhar no espelho; entenda por que você não é obrigada a se enquadrar

1. Trabalhe a sua autoestima:  Começando pelo grande desafio: lute contra a insegurança, aprenda a gostar de você e se valorize. Ser bonita e se sentir bem vai muito além da aparência do rosto e corpo, envolve também os sentimentos positivos que temos a respeito de nós mesmos e a capacidade de dar conta das imperfeições.

2. Saiba quem você é: Você é sua melhor amiga! E, por incrível que pareça, o espelho pode estar ao seu lado! Ao invés de gastar longos minutos se observando e se lamentando pela espinha que apareceu, pelo olho direito ser maior que o esquerdo, pela bochecha grande demais ou pela barriguinha saliente, por que não investir seu tempo em um pouco de elogios? Descubra suas características que mais lhe agradam e, quando se sentir insatisfeita com a alguma parte do seu corpo, canalize seu pensamento para o que você gosta, incluindo traços da sua personalidade!
Nesse exercício, a intenção não é “disfarçar pontos fracos”, é aprender a gostar de você como você é, ainda que por partes. Também é válido quebrar suas próprias regras e dar uma chance a itens que talvez não te chamem tanta atenção: brinque com batons, delineadores, peças de roupas diferentes e deixe-se surpreender. Não gosta dos seus lábios? Experimente uma cor de batom que você sempre amou nos outros, por exemplo, e permita-se gostar dela em você!

3. Aprenda a lidar com elogios: Seja por vergonha ou por realmente discordar das lisonjas, mas pare de respondê-las com modéstia. Aceite-as e, posteriormente, vale até refletir sobre o que lhe foi dito. Não há problema algum em admitir que, sim, você é bonita.

4. Priorize a sua saúde: Além de todo cansaço psicológico que a vida sob pressão causa, sujeitar-se a dietas malucas, exercícios exagerados e a intervenções demasiadas ou duvidosas também pode ser prejudicial à sua saúde física. Entre casos de erros médicos, rejeição de materiais pelo organismo e outros efeitos colaterais, desenvolvimento de transtornos como anorexiabulimia, ortorexia e pregorexia.
Aqui, vale se questionar: de que adianta fazer tudo pela aparência se você está em risco? No caso de restrições alimentares, também é importante lembrar que sua imunidade é posta em xeque, o que aumenta a vulnerabilidade a doenças.

5. Você é única: Já reparou no quanto as representações femininas na mídia são restritas? Você também já deve ter ouvido falar que a modelo com o nariz um pouco maior é dona de uma “beleza exótica”, certo? A grande questão é que o mundo é um lugar muito plural: as pessoas definitivamente não são iguais. Então, qual é o sentido de tentar mudar para ser mais parecida com alguém?
Como se mulheres fossem objetos produzidos em larga escala, a intenção é reduzir-nos a estereótipos, separar e nos valorar a partir de nossas características físicas. Contudo, pode ser válido pensar em algo tão clichê quanto a máxima “o que seria do amarelo se todos gostassem do azul?”: existe beleza na diversidade!

6. Isto não é uma competição: Vivendo em um mundo em que as mulheres são postas o tempo todo em rankings e classificadas por seu “tipo de beleza”, é absolutamente normal crescermos achando que precisamos ser mais bonitas que a amiguinha, mas existe um pequeno detalhe que, convenientemente, esquecem-se de contar às mulheres: isto não é uma competição!
Como já foi dito antes, há beleza na diversidade. E, por isso mesmo, há espaço para todo tipo de beleza no mundo! Nenhuma beleza precisa anular a outra para poder existir.

7. Você é humana: Perfeição não existe. Quase toda foto que vemos hoje em dia passa por vários tratamentos e edições para correção de defeitos e mesmo as mulheres que estampam as capas das revistas têm seus dias de cabelo disforme, acordam se sentindo estranhas ou travam conflitos com o espelho.
Apesar de todos esses conselhos e por mais que você se esforce para não cair na malha de imposições e padrões de beleza, pode acontecer de, em algum momento, você desejar com todas as suas forças ter um pouco mais de coxa, ter olhos maiores ou fazer uma plástica nas orelhas. Quando isso acontecer, não se culpe! Mas também não se deixe levar por esses pensamentos, é aqui que mora a importância do autoconhecimento: lembre-se daquela parte do corpo que você realmente gosta e foque no que te faz bem!

8. Você não é uma moeda de troca: Por fim, vale lembrar que você não é obrigada a nada. Você não precisa seguir tendências, estar sempre maquiada, deixar de comer seu doce preferido ou usar o salto que machuca seu calcanhar se você não estiver disposta.
Infelizmente, as mulheres são julgadas o tempo todo por sua aparência e pelo seu comportamento: a sociedade hostiliza aquelas que não se enquadram em características tradicionalmente consideradas femininas. Todavia, pode ser tranquilizador pensar que, como já escreveu a blogueira Erin McKean, do A Dress A Day: “ser bonita [no sentido imposto e padronizado do adjetivo] não é algo que você deva a ninguém. Não deve ao seu namorado, marido, companheiro, não deve aos seus colegas de trabalho e, sobretudo, não deve a desconhecidos na rua. Você não deve isso a sua mãe, aos seus filhos ou à civilização de modo geral. Beleza não é um aluguel que você paga por ocupar um espaço no mundo delimitado como "feminino".

A graça da vida, portanto, está na liberdade. Da mesma forma que você não precisa se obrigar a nada para se encaixar em padrões, você ainda é livre para escolher o que considera que lhe faz bem. Nada disso significa que você deva renunciar a moda, a maquiagem, a academia ou uma dieta balanceada se tudo isso te faz feliz; o fundamental aqui é encontrar um ponto de equilíbrio entre o que é saudável e o que pode vir a te prejudicar.
“Numa escala de importância, a beleza fica vários degraus abaixo da felicidade, muito abaixo da saúde e, se levada como uma penitência ou como uma obrigação, passa longe da independência, e você vai ter que esfregar os olhos para enxergá-la em meio à neblina”, sintetiza McKean.
Com um pouco de atenção às recomendações elaboradas a partir da conversa com a psicóloga Luciana Kotaka e a jornalista Nathalia Birkholz, é possível trocar a busca pelo corpo de capa de revista por outras quatro recomendações que podem te ajudar a levar uma vida com menos cobranças: ame-se, conheça-se, respeite-se e seja feliz!

Atividade 1:

Aluno(a), leia as frases dentro da história e desconstrua a "visão" da personagem de que para ser feliz, você só precisa ser magra.

Reescreva o texto com uma nova versão para a história.

clique nas imagens para ampliar.


Atividade extra - Forca

https://rachacuca.com.br/palavras/jogo-da-forca/

ATENÇÃO ALUNO(A)! FORMULÁRIO DE PRESENÇA DA AULA, clique e responda:

 Ótimos trabalhos!
Professora Mirian

"Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo". Paulo Freire





Olá alunos!
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Alunos que participam desta Eletiva:

Escola Carolina Arruda: 6C, 1A e 3A.
Escola Ruth Ramos: 7A, 8B, 2A e 3A.
Luigino Burigotto: Todos os alunos da Eletiva Cinema, Sociedade e Cidadania.


Data de realização: 10 a 14 de Agosto de 2020)


Tema de hoje: SOCIEDADE: Você realmente sabe viver em sociedade?  Leitura do texto:


Viver em sociedade é um desafio porque às vezes ficamos presos a determinadas normas que nos obrigam a seguir regras limitadoras do nosso ser ou do nosso não-ser...
Quero dizer com isso que nós temos, no mínimo, duas personalidades: a objetiva, que todos ao nosso redor conhece; e a subjetiva... Em alguns momentos, esta se mostra tão misteriosa que se perguntarmos - Quem somos? Não saberemos dizer ao certo!!!
Agora de uma coisa eu tenho certeza: sempre devemos ser autênticos, as pessoas precisam nos aceitar pelo que somos e não pelo que parecemos ser... Aqui reside o eterno conflito da aparência x essência. E você... O que pensa disso?



Que desafio, hein?
"... Nunca sofra por não ser uma coisa ou por sê-la..." (Perto do Coração Selvagem - p.55)
Clarice Lispector
Vivemos numa sociedade consumista, numa sociedade de desejos, e não de projetos existenciais. Ninguém planeja ter amigos, ninguém planeja ser tolerante, superar fobias, ter um grande amor.

Augusto Cury

A sociedade vive num sistema hipócrita. Todos querem sinceridade, mas ninguém luta por isso.
Tatiana Moreira Alvarez

Estamos sempre a dizer que a sociedade não vale nada, e só vivemos para ela.
Jean Massillon

Assista ao vídeo:

Desde os primórdios da humanidade, quando tudo no mundo parecia misterioso e ameaçador, o ser humano sentiu necessidade de conviver e de se relacionar com seus semelhantes. Procurar alimentos, enfrentar os perigos, construir habitações eram atos coletivos.
    E nessa convivência fez com que surgissem costumes, regras de comportamento, rituais, enfim, maneiras de viver que estivessem de acordo com as necessidades de cada grupo e com as características físicas e geográficas do lugar habitado. […]
Liliana lacocca e Michele lacocca. Eu & os outros: melhorando as relações. São Paulo: Ática, 2003

ATIVIDADE 1:Faça uma análise do conteúdo apresentado neste tema e responda:1) Você, sabe viver em sociedade? Justifique a sua resposta.2) Qual a sua opinião sobre o desafio de viver em sociedade.3) No seu dia a dia, você convive com regras? Em que momentos?4) Por que as regras são necessárias para o convívio social?5) Imagine e descreva como seria o convívio social sem as regras.

ATENÇÃO ALUNO(A)! FORMULÁRIO DE PRESENÇA DA AULA, clique e responda:

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Professora Mirian



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Alunos que participam desta Eletiva:

Escola Carolina Arruda: 6C, 1A e 3A.
Escola Ruth Ramos: 7A, 8B, 2A e 3A.
Luigino Burigotto: Todos os alunos da Eletiva Cinema, Sociedade e Cidadania.


Data de realização: 17 a 21 de Agosto de 2020

Aluno(a), clique no link abaixo para realizar as atividades desta semana. 


Ou clique neste link: 

Tema de hoje: DESCONSTRUINDO PADRÕES: Classe social, Leitura do texto:

Recursos Complementares, Artigos sobre desigualdade social no Brasil:

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-49802010000200002&lng=en&nrm=iso

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092000000100007&lng=en&nrm=iso

 ATENÇÃO ALUNO(A)! FORMULÁRIO DE PRESENÇA DA AULA, clique e responda:

https://docs.google.com/forms/d/1vkT2EOKxh0__H5LYOJ6y9ryp4Wnh1eEdUKQQdWkkVlI/edit

 Ótimos trabalhos!

Professora Mirian

 Quem ensina aprende ao ensinar. E quem aprende ensina ao aprender. 

Paulo Freire




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Alunos que participam desta Eletiva:

Data de realização: 24.08 a 28.08.20

Tema de hoje: Desconstruindo padrões: Preconceito Racial


Leitura do texto:

 Racismo é a denominação da discriminação e do preconceito (direta ou indiretamente) contra indivíduos ou grupos por causa de sua etnia ou cor. É importante ressaltar que o preconceito é uma forma de conceito ou juízo formulado sem qualquer conhecimento prévio do assunto tratado, enquanto a discriminação é o ato de separar, excluir ou diferenciar pessoas ou objetos.


Tipos de racismo

- Preconceito e discriminação racial ou crime de ódio racial

Nessa forma direta de racismo, um indivíduo ou grupo manifesta-se de forma violenta física ou verbalmente contra outros indivíduos ou grupos por conta da etnia, raça ou cor, bem como nega acesso a serviços básicos (ou não) e a locais pelos mesmos motivos. Nesse caso, a lei 7716, de 1989, do Código Penal brasileiro prevê punições a quem praticar tal crime.

Racismo institucional

De maneira menos direta, o racismo institucional é a manifestação de preconceito por parte de instituições públicas ou privadas, do Estado e das leis que, de forma indireta, promovem a exclusão ou o preconceito racial. Podemos tomar como exemplo as formas de abordagem de policiais contra negros, que tendem a ser mais agressivas. Isso pode ser observado nos casos de Charlottesville, na Virgínia (EUA), quando após sucessivos assassinatos de negros desarmados e inocentes por parte de policiais brancos, que alegavam o estrito cumprimento do dever, a população local revoltou-se e promoveu uma série de protestos.


George Floyd, de 40 anos, foi morto por policiais em Minneapolis. Imagens divulgadas nas redes mostram homem imobilizado afirmando que não consegue respirar

- Racismo estrutural

De maneira ainda mais branda e por muito tempo imperceptível, essa forma de racismo tende a ser ainda mais perigosa por ser de difícil percepção. Trata-se de um conjunto de práticas, hábitos, situações e falas embutido em nossos costumes e que promove, direta ou indiretamente, a segregação ou o preconceito racial. Podemos tomar como exemplos duas situações:

1. O acesso de negros e indígenas a locais que foram, por muito tempo, espaços exclusivos da elite, como universidades. O número de negros que tinham acesso aos cursos superiores de Medicina no Brasil antes das leis de cotas era ínfimo, ao passo que a população negra estava relacionada, em sua maioria, à falta de acesso à escolaridade, à pobreza e à exclusão social.

2. Falas e hábitos pejorativos incorporados ao nosso cotidiano tendem a reforçar essa forma de racismo, visto que promovem a exclusão e o preconceito mesmo que indiretamente. Essa forma de racismo manifesta-se quando usamos expressões racistas, mesmo que por desconhecimento de sua origem, como a palavra “denegrir”. Também acontece quando fazemos piadas que associam negros e indígenas a situações vexatórias, degradantes ou criminosas ou quando desconfiamos da índole de alguém por sua cor de pele. Outra forma de racismo estrutural muito praticado, mesmo sem intenção ofensiva, é a adoção de eufemismos para se referir a negros ou pretos, como as palavras “moreno” e “pessoa de cor”. Essa atitude evidencia um desconforto das pessoas, em geral, ao utilizar as palavras “negro” ou “preto” pelo estigma social que a população negra recebeu ao longo dos anos. Porém, ser negro ou preto não é motivo de vergonha, pelo contrário, deve ser encarado como motivo de orgulho, o que derruba a necessidade de se “suavizar” as denominações étnicas com eufemismos.

 

Racismo e preconceito

Não podemos resumir preconceito a racismo, visto que o preconceito pode advir de várias outras diferenças, como gênero, local de origem e orientação sexual. Porém, o racismo é uma forma de preconceito e, como as outras formas, manifesta-se de diversas maneiras, fazendo vítimas todos os dias.

preconceito racial não é exclusivo do Brasil, visto que, em maior ou menor escala, todos os países colonizadores e colonizados apresentam, em algum grau, índices de preconceito racial contra negros ou, no caso de países colonizados, nativos daquele local. Também é importante ressaltar que uma ação de preconceito somente é considerada racista quando há uma utilização sistêmica e baseada em uma estrutura de poder e dominação contra a etnia da vítima.

 

Causas do racismo

A discriminação pela origem pode ser reportada desde a Antiguidade, quando povos gregos e latinos classificavam os estrangeiros como bárbaros. A origem da designação do preconceito de raça, em específico, é mais nova, tendo sido alavancada nos séculos XVI e XVII pela expansão marítima e colonização do continente americano. O domínio do “novo mundo” (assim chamado pelos europeus), o genocídio dos povos nativos e a escravização sistêmica de povos africanos geraram um movimento de tentativa de justificação de tais relações de poder por uma suposta hierarquia das raças.

Os europeus consideravam, em sua visão eurocêntrica, que povos de origem europeia nata seriam mais inteligentes e capazes para dominar e prosperar, enquanto os negros e indígenas foram, por muitas vezes, considerados animais.

No século XIX, com o impulso positivista sobre as ciências, teorias científicas racistas surgiram para tentar hierarquizar as raças e provar a superioridade da raça branca pura. O filósofo, diplomata e escritor francês Arthur de Gobineau (1816-1882) é um dos que mais se destacaram nesse cenário com o seu Ensaio Sobre a Desigualdade das Raças Humanas.

Surgiu também no século XIX um estudo baseado na antropologia, na fisiologia e na psicologia chamado de craniometria ou craniologia. Tal estudo consistia em retirar medidas de crânios de indivíduos e comparar as medidas com dados como propensão à violência e coeficientes de inteligência. Hoje em dia, contudo, os estudos sérios tanto com embasamento sociológico e psicológico quanto com embasamento genético não dão mais crédito às teorias racistas do século passado. O nazismo alemão e entidades como a Klu Klux Klan, nos Estados Unidos, utilizaram e utilizam essas teorias raciais ultrapassadas para justificar a supremacia da raça branca.


Homens da Ku Klux Klan com novos membros usando máscaras faciais em Stone Mountain, próximo da Geórgia, EUA, em 1949.

Racismo no Brasil

Quando a Lei Áurea foi promulgada, em 13 de maio de 1888, ficou proibida a escravização de pessoas dentro do território brasileiro. O Brasil foi o último grande país ocidental a extinguir a escravidão e, como aconteceu na maioria dos outros países, não se criou um sistema de políticas públicas para inserir os escravos libertos e seus descendentes na sociedade, garantindo a essa população direitos humanos, como moradia, saúde e alimentação, além do estudo formal e posições no mercado de trabalho.

Os escravos recém-libertos foram habitar os locais onde ninguém queria morar, como os morros, na costa da Região Sudeste, formando as favelas. Sem emprego, sem moradia digna e sem condições básicas de sobrevivência, o fim do século XIX e a primeira metade do século XX do Brasil foram marcados pela miséria e sua resultante violência entre a população negra e marginalizada.

Quanto à população indígena sobrevivente do genocídio promovido contra o seu povo, havia cada vez mais invasão de suas terras e desmembramento de suas aldeias. Essas ações sistêmicas promoveram e sustentam até hoje a exclusão racial em nosso país, o que resultou em diversos estudos sociológicos.


As favelas sustentam a ideia de exclusão racial e social desde a abolição da escravatura até os dias atuais.

Vídeo sobre o tema:


https://www.youtube.com/watch?v=eqIxMBwWMuc

 

Lei para crime de racismo

Em janeiro de 1989, foi sancionada a lei nº 7716, que tipifica como crime qualquer manifestação, direta ou indireta, de segregação, exclusão e preconceito com motivação racial. Essa lei representa um importante passo na luta contra o preconceito racial e prevê penas de um a três anos de reclusão aos que cometerem crimes de ódio ou intolerância racial, como negar emprego a pessoas por sua raça ou acesso a instituições de ensino e a estabelecimentos públicos ou privados abertos ao público. Quando o crime de incitação ocorrer em veículos de comunicação, a pena pode chegar a cinco anos. Essa lei também torna crime a fabricação, divulgação e comercialização da suástica nazista para fins de preconceito racial.

Desde 2015, tramita no Congresso Nacional um projeto de lei do então Senador da República Paulo Paim (PT – RS) que modifica o Código Penal brasileiro, tornando o racismo um agravante para outros crimes. Se implantado, o projeto de lei resultará em penas mais severas para os crimes de lesão corporal e homicídio, quando estes resultarem de ódio e preconceito racial.



Racismo na escola

Infelizmente, o racismo ainda ocorre dentro da escola, podendo manifestar-se de maneira nítida e explícita ou de maneira disfarçada. Encontramos casos de discriminação racial cometidos por estudantes, por e servidores das instituições e por pais e mães de alunos contra os servidores escolares. Esse tipo de manifestação direta de racismo por parte das instituições foi comum em tempos mais antigos, quando a discriminação racial não era crime no Brasil ou quando a segregação racial oficial ainda acontecia – nos Estados Unidos, por exemplo.

Além do racismo explícito, casos de racismo estrutural são ainda frequentes nas instituições escolares brasileiras. Um exemplo disso é a discriminação contra os cortes de cabelo ou penteados afro, como o black power, tanto para meninas quanto para meninos negros. Outro exemplo é a manifestação de preconceito racial por meio da intolerância religiosa, quando praticada contra religiões de origem africana.


Discriminação contra cortes de cabelo de pessoas negras pode ser comum nas escolas.


Casos de racismo

Casos de racismo chamaram a atenção dos brasileiros por envolverem pessoas famosas ou terem sido compartilhados nas redes sociais. Podemos destacar o caso do goleiro Aranha, então jogador do Santos, que em 2014 foi chamado de “macaco” por vários torcedores do Grêmio após o time sofrer derrota em um jogo da Copa do Brasil. O caso foi filmado, medidas legais foram tomadas, e o Grêmio foi expulso da Copa do Brasil.

Houve também, em 2015, uma ocorrência de discriminação racial em uma loja de grife situada na Rua Augusta, em São Paulo, em que um menino negro, filho adotado de um cliente branco, ouviu da atendente que ele deveria sair e não poderia ficar ali (na calçada, próximo à entrada da loja).

Infelizmente, o racismo é recorrente, e essa notoriedade negativa de certos casos ainda representa uma pequena parcela do racismo brasileiro. Nesses casos, as vítimas somente foram reconhecidas, amparadas e levantaram a opinião pública contra a discriminação racial porque havia pessoas instruídas e amparadas por um status social que os permitia ter voz. E os casos de racismo que nunca aparecerão na mídia? E os casos de pessoas ofendidas, discriminadas, violentadas e mortas, nas periferias e nos interiores, por representantes do Estado e por civis? Esses casos ainda são inúmeros e devem também chamar a atenção popular.

 Vídeo: Democracia racial - Brasil Escola

https://www.youtube.com/watch?v=EATDU8Bw-Ug

 Atividade:

Atenção aluno, após realizar a leitura do texto, assistir aos vídeos e refletir sobre as imagens apresentadas, em uma folha de sulfite ou folha do caderno de desenho, desenvolva um trabalho de desenho e uma frase, o Tema será: EU DIGO NÃO AO RACISMO, o desenho poderá ser cópia de algum modelo da internet e a frase também.

 ATENÇÃO ALUNO(A)! FORMULÁRIO DE PRESENÇA DA AULA, clique e responda:

https://docs.google.com/forms/d/1vkT2EOKxh0__H5LYOJ6y9ryp4Wnh1eEdUKQQdWkkVlI/edit

 

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Professora Mirian

 Quem ensina aprende ao ensinar. E quem aprende ensina ao aprender. 

Paulo Freire







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